Durante o ano de 1943, um documento intitulado Manifesto dos
Mineiros, assinado por intelectuais e influentes figuras políticas, exigiu o
fim do Estado Novo e a retomada da democracia. Acenando favoravelmente a essa
reivindicação, Vargas criou uma emenda constitucional que permitia a criação de
partidos políticos e anunciava novas eleições para 1945. Nesse meio tempo
surgiram as seguintes representações partidárias: o Partido Trabalhista
Brasileiro (PTB) e o Partido Social Democrata (PSD), ambos redutos de apoio a
Getúlio Vargas; a União Democrática Nacional (UDN), agremiação de direita
opositora de Vargas; e o Partido Comunista Brasileiro (PCB), que saiu da ilegalidade
decretada por Getúlio. Em 1945, as medidas tomadas pelo governo faziam da saída
de Vargas um fato inevitável. Os que eram contrários a essa possibilidade,
organizaram-se no chamado Movimento Queremista. Empunhados pelo lema “Queremos
Getúlio!”, seus participantes defendiam a continuidade do governo de Vargas.
Mesmo contando com vários setores favoráveis à sua permanência, inclusive de esquerda,
Getúlio aceitou passivamente a deposição, liderada por militares, em setembro
daquele ano. Dessa maneira, Getúlio Vargas pretendeu conservar uma imagem
política positiva. Aceitando o golpe, ele passou a ideia de que era um líder
político favorável ao regime democrático. Essa estratégia e o amplo apoio
popular, ainda renderam a ele um mandato como senador, entre 1945 e 1951, e o
retorno democrático ao posto presidencial, em 1951.
|
(PTB em um tribunal) |